Marcador Desporto | Adaptação: Augusto Campos
Fonte: DR
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A revista britânica "F1 Racing" publicou na sua edição de abril a
última entrevista de Ayrton Senna antes do Grande Prémio de San Marino
1994 para assinalar os 20 anos do desaparecimento da lenda brasileira da
Fórmula 1.
A entrevista de Senna permaneceu inédita até aos dias de hoje não
fosse um ex-funcionário da Williams ter recebido, de fonte anónima, uma
gravação em VHS com as últimas palavras do piloto brasileiro.
Na referida entrevista, Ayrton Senna e o seu companheiro de equipa
Damon Hill falam com o diretor de marketing da Williams, Richard West,
sobre as questões de segurança que os pilotos de Fórmula 1 queriam
implementar, com o piloto brasileiro a mostrar alguma preocupação com o
Grande Prémio do Mónaco, prova que seria disputada duas semanas depois
da tragédia de Ímola.
"O pitlane é muito estreito e haverá muitos pilotos lá. Vai ser
muito, muito perigoso. Já falamos disso hoje e estamos a pensar pedir
aos responsáveis da FIA para introduzirem um limite de velocidade no
pitlane", terá afirmado Ayrton Senna sobre o GP do Mónaco horas antes do
início do GP de San Marino.
Mas o pormenor mais macabro de tudo isto é descrito pela revista
inglesa, que garante que após a entrevista a Richard West, Senna terá
autografado um exemplar do mapa do circuito de Ímola e é aqui que surge a
coincidência macabra com o piloto brasileiro a assinar o seu nome
justamente ao lado da curva Tamburello, a mesma onde Senna acabaria por
perder a vida horas depois.
Após a trágica morte de Senna no GP de San Marino, West acabou por
não publicar a entrevista e acabou mesmo por se esquecer da mesma, não
fosse um ex-funcionário da Williams a receber recentemente a gravação da
entrevista em VHS.
Ayrton Senna, considerado por muitos um dos melhores pilotos de
sempre da Fórmula 1, senão o melhor, faleceu a 1 de maio de 1994 quando o
carro em que seguia embateu no muro da curva Tamburello, a 210 km/h.
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